sexta-feira, 26 de março de 2010

Rock-Fashion Punch

Eu sou um cara muito na boa, super relax, gosto muito de sombra e água fresca. Taurino assumido, pago caro pra não entrar numa discussão. Mas em se tratando de algumas pelejas, dou umas belas patadas no chão, entro na briga e até que me provem que focinho de porco não é tomada finco pé na perrenha e vou até o fim.


Calmem gente, refiro-me aqui não de uma briga proprimente dita, mas de uma relação bem interessante - MODA versus ROCK. Relação essa que dá (e deu) muito o que falar. Foi o que aconteceu ontem, quarta-feira, no Salão Santander da Escola de Design Unisinos, onde, no primeiro encontro do projeto 'Design Mais discute Moda, Tendência e Identidade', foram levantadas questões bem relevantes sobre o mundo dos roqueiros e fashionistas e como/onde esses dois mundos, aparentemente distintos, colidem.

Para nosso deleite nesta quase chuvosa noite, iluminaram nossas cabecinhas figuras de peso, como o ex-baterista do Sepultura - Iggor Cavalera; Sua digníssima esposa, mãe de seus cinco filhos e parceira do projeto entitulado Mixhell - Laima Leyton; O produtor deles, o carismático músico desde sempre e responsável por trilhas de grandes desfiles, como os de Herchcovitch - Max Blum.


Do outro lado do ringue estava a estilista, baterista e co-criadora das coleções da grife King 55, Carol Caliman. Para mediar o evento, a simpática Paula Visoná.

Desferindo temas tão marcantes quanto socos de direita, os convidados e platéia discutiram toda história do nosso querido e amado roquenrol. Como ele influenciou gerações pelo seu intenso poder de transgressão com seus riffs marcantes, pela forma como, por vezes, se deixa cair no mero consumo - mesmo que seja o consumo da própria transgressão - e como ele se comporta veloz e mutante em hipertempos de internet.



Para melhorar a noite, muitos jebs foram aplicados em nome da moda, como, por exemplo, quando se levantou a questão de como ela conseguiu representar a identidade dos movimentos através das ousadias do vestir, caindo no gosto (e no corpo) de todo bom roqueiro que se prezou - e é claro, no do público, delineando a identidade visual das diversas "escolas" do rock.



Abaixo de muito suor e sangue, discutiu-se por mais de uma hora e o cinturão acabou indo parar na mão dos dois pesos-pesados. Apostas terminadas e com todos saindo ganhando, espero que o gongo soe cada vez mais por aqui, principalmente quando se tratarem de pujilistas como esses...

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