quinta-feira, 26 de março de 2009

Spirito Santo

O início da temporada já passou, mas como só vazou agora para essa psudo-imprensa qual é a linha do desfile da Spirito Santo eu não vou deixar de contar.

A marca masculina, feita por homens para homens, é algo de muito ímpar no metier porto-alegrense. Depois de muita pesquisa e conversa com gente que entende do assunto, já que eu sou uma mera transmissora de informações – e de radioatividade – a conclusão não poderia ter sido diferente. Homens gostam de criar para mulheres/mulheres criam para os homens/homens que criam para homens são afetados/homens-nao-afetados acabam não usando as roupas criadas para eles.


Lembrei disso quando o Rique Gonçalves, da R. Groove, ganhou o Prêmio Moda Brasil. Ele é bom.


Por aqui a marca criada pelo guitarrista e DJ, Fred Mentz tem sempre uma certa tendência – um quê – de musical. Não é de hoje que paro na frente da vitrina para querer ser homem e usar Spirito Santo. Não me perguntem como uma roupa pode ser musical, não é explicável, só é.


E mesmo que a cena underground do rock'n roll gaúcho tenha cara de sujinha (o que é um certo orgulho para nós) as criações da Spirito Santo mantém um espírito “elegante-descontraído”. Um não-me-importo limpo.


São cores fortes, estampas marcantes, alfaiataria e descontração inspiradas na Motown – gravadora cláááássica de gênios musicais – e que também trabalhava diretamente com a imagem dos seus artistas. É a black music, que de uns tempos para cá deu um fade out na cena, não são só a inspiração, como a estampa e trilha sonora.


O mais legal dessa coleção é que a proposta de alfaiataria street continua, agora com mais intensidade e mistura de texturas. É inverno, afinal, agora é a hora de moletom (óbvio) em paletós, tecidos planos, gola de camisetas, malhas – uma funky desestruturação.

Promessa: ternos com três estampas diferentes no forro, que aparecem conforme o movimento do sujeito.

Continuam: calças skinny, retas, justas, com zíperes e linhas coloridas.

E então, além da trilha do desfile – que promete – os modelos prometem mais ainda: os músicos gaúchos clientes da marca, Lucas Silveira, da Fresno, Beto Bruno, da Cachorro Grande, Rafael Malenotti, do Acústicos e Valvulados, Fredi Entres, da Comunidade Ninjitsu, Alemão Ronaldo e Thedy Corrêa, do Nenhum de Nós, e o consagrado roqueiro Frejat irão dividir a passarela com os outros modelos.

E nesses dias um CD muito bom de uma banda muito boa veio cair nas minhas mãos. Na verdade ele é primeiramente fascinante devido à sua arte e ao figurino dos componentes da banda. Depois, claro, fui ouvir e era bom mesmo. Gente bonita tem tendência de cantar bem, porque será?



E por falar em música... recém lançado Motown 50 é uma coletânea em comemoração aos 50 anos da gravadora e traz os maiores hits de artistas como Marvin Gaye, The Supremes, Stevie Wonder, Lionel Richie, Michael Jackson e Jackson 5. São três cds duca!

Nenhum comentário: